A Viação Garcia se destaca entre as cinco maiores empresas do setor no País!!!

terça-feira, 3 de junho de 2014

UM RECORTE NO TEMPO... GARCIA CID E GARCIA VILLAR



"No mesmo ano do casamento, Celso Garcia Cid precisava de todo dinheiro que pudesse juntar para comprar (a Viação Garcia), isto é, a parte do sócio Heim que queira deixar o negócio. Ou, então, era preciso um novo sócio, com capital para comprar a parte de Heim e ainda ajudar na expansão da empresa. Colocou um anúncio no jornal de São Paulo, e preparou um inventário do patrimônio da empresa, botando preço de 110 contos de réis na metade da sociedade. O inventário chegava a minúcias como '1 interruptor; 1 tambor vazio, 1/2 lata de óleo grosso, porcas e parafusos diversos'. O anúncio seria lido por outro espanhol, José Garcia Villar, que chegara a Londrina com 120 contos de réis, as economias de duas décadas de trabalho no interior paulista, do cabo de enxada a cerealista, agora procurava justamente um bom negócio em que aplicar o dinheiro. Então, Villar começou a viajar nas jardineiras com uma caderneta no bolso do paletó: anotava o número de passageiros em cada linha, o consumo de combustível, a quantidade de passagens pagas e de vales. Os motoristas Giansati e Moreira começaram a desconfiar do homem da caderneta, mas um dia ele se apresentou a Celso: - Bom dia. Quero ser seu sócio. Começava uma convivência rara no mundo das empresas: com exatamente metade do capital cada uma, as famílias Garcia Cid e Garcia Villar tocariam harmoniosamente a Viação Garcia durante cinco décadas. Celso seria o 'acelerador' o homem da oficina e das expansões, buscando novas linhas, novos ônibus e motores. José seria o 'freio' e a embreagem, o controlador das despesas, homem invisível para o público, mas que conhecia a importância de 'rodar com revisão e andar com os pés no chão'. - embora fosse difícil controlar o crescimento da empresa: - Londrina era um foguete!"

Fonte:
GARCIA CID, Celso; PELLEGRINI, Domingos. O Tempo de Seo Celso. 2. ed. Londrina: Ipê, 1990. p. 64-65.

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